domingo, 20 de outubro de 2013

O menino que enviava bilhetes

Com um exemplar do livro "Cidades de Papel" nas mãos, decidiu não tomar mais atitude. Uma amiga havia dito recentemente: "Você tem que receber bilhetes, não enviar". Até concordava. Havia uma força motriz, no entanto, impelindo-o a assumir as rédeas como num ato contínuo (ou falho). Carência. Depois, nem sabia, era um líder nato, ainda que essa natureza servisse para puxar o próprio tapete o tempo inteiro. Decidiu não mandar mais nada. Deixaria tudo nas mãos do destino ("deixo de ser 'gente que faz'?", ponderou). Isso tudo até avistar, na diagonal, mais alguém para receber seu nome e número de telefone, além de dois pontos e fecha parênteses para a devida chave de ouro.



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